18 de março: dois anos desde que o Instituto Projeto Neymar Jr. fechou as portas devido a pandemia do COVID-19

18/03/2022

Nesta sexta-feira, dia 18 de março de 2022, completam-se dois anos desde que o Instituto Projeto Neymar Jr. fechou as portas devido à pandemia do COVID, em 2020.

Foram vinte e quatro meses de incerteza e saudade em que o INJR, mesmo fechado, se manteve ativo e pensando no bem-estar das crianças e colaboradores.  Do medo à incerteza e graças à ciência, hoje todos retomaram as atividades do projeto e caminham para um cenário mais próximo possível de dois anos atrás.

O Diretor Financeiro do INJR, Altamiro Bezerra, comenta a necessidade dessa pausa. “A gente tem um contingente muito elevado aqui no Instituto, com as crianças e os nossos colaboradores. Então, devido a esse alto número de pessoas, foi necessário a gente fazer um recesso prolongado”. Altamiro ainda reforça o desejo de acolhimento do projeto nesse retorno.  “O Instituto está de braços abertos, os profissionais estão aqui à disposição, ávidos por recebê-los, para que façam com que esse desenvolvimento de cada um possibilite uma melhoria de vida para cada um deles. Então sejam muito bem-vindos, estamos aqui a esperá-los de braços abertos e ansiosos para esse reencontro”.

A professora de leitura e escrita, Érica Mendes Rodrigues, conta que o que mais a incomodou no início foram as dúvidas. “A gente pensou que as portas podiam fechar definitivamente. Tudo era uma incógnita, ninguém tinha segurança de nada, nenhuma estabilidade até então. Foi bem assustador”. Mas ela lembra que o Instituto devolveu aos colaboradores a segurança necessária, garantindo o emprego de mais de 140 funcionários mesmo de portas fechadas.

No dia 8 de novembro de 2021, os colaboradores retornaram ao INJR, ainda sem a presença dos alunos. Para Érica, ali foi o ponto de esperança. “Eu senti um alívio em estar de volta, de ver que a gente ia retomar a vida, porque a gente ficou engessado, sem poder fazer muitas coisas, então retornar foi um momento de alívio, colocar em prática muita coisa que eu estudei, que eu tentei me aprimorar”.

Mas o Instituto ainda não estava completo. E foi no dia 7 de março de 2022, apenas uma semana antes de completar dois anos fechado, que os alunos retornaram ao INJR. Érica conta que, quanto eles regressaram, estavam ainda mais ansiosos que os professores. “Foi maravilhoso ver os alunos novos com os olhinhos brilhando, pensando ‘eu estou aqui, eu faço parte disso!’, e, ao mesmo tempo, ver o crescimento dos que estão retornando e já eram nossos alunos”. E, pra eles, a professora Érica deixa um recado: “Eu quero desejar que eles aproveitem ao máximo, que façam valer a oportunidade que eles estão tendo de estar aqui. Aproveitem cada segundo, porque o tempo passa e não volta! É o nosso maior tesouro”.

O auxiliar de portaria, Henrique Otavio Beserra Alves Luz tem um papel importante: todo dia, ele recepciona as crianças e adolescentes na porta do INJR. Quando as portas fecharam, ele pensou que seria algo rápido; no máximo em 40 dias, estaria de volta. “Quando passou dois, três meses, começou a bater um receio”. Ele relata que ficou feliz com a volta, mas, lá em novembro de 2021, ainda faltava um pedacinho do Instituto. “A gente voltou um pouco antes do que as crianças. Sem elas, esse lugar não tem vida. Qualquer lugar que a gente olhe, a gente sentia falta delas”.

Sobre os dois anos afastados, Henrique reflete que foi um período de aprendizagem e que voltamos mais fortes. “Eu acredito que agora a gente vá valorizar os pequenos momentos que a gente perde. Nesse recomeço, a gente vai dar muito mais valor a qualquer tipo de oportunidade que a gente tiver e acredito que tudo vá se alinhando”. Para os alunos e colaboradores, fica o recado de esperança: “Eu quero que toda equipe, os professores, funcionários, possam fazer de tudo para recuperar um pouco o que as crianças perderam. Acredito que a gente vá dar toda energia para eles, para que a gente possa ensinar e aprender com eles também. Acredito que esse ano vai ser muito bom. Agora, daqui pra frente, é só melhora, se Deus quiser”.